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Cinco passos para melhorar a comunicação do governo

A comunicação governamental é uma necessidade social, e não se trata de uma infraestrutura de propagação do poder

 

Estela Silva

Ao assumir o comando da Secom da Presidência da República, o empresário Fábio Wajngarten tem um desafio maior que a responsabilidade da gestão de verbas e ações de publicidade, além do atendimento à imprensa. Wajngarten tem a missão de trazer credibilidade e eficiência à comunicação de um governo marcado por controvérsias, brigas, intrigas e um desempenho inicial aquém do esperado.

Segundo a última pesquisa do Ibope, Bolsonaro é o presidente eleito com a pior avaliação em início de primeiro mandato desde a redemocratização – 27% da população avalia seu governo como ruim/péssimo. De acordo com o instituto, Bolsonaro tem índice de ótimo/bom de 35%, inferior ao registrado em início de governo pelos ex-presidentes Fernando Collor de Mello (45% em maio de 1990); Fernando Henrique Cardoso no 1º mandato (41% em março de 1995); Dilma Rousseff também no 1º mandato (56% em março de 2011); e Luiz Inácio Lula da Silva em seus dois mandatos (51% e março de 2003 e 49% em março de 2007). Será que a comunicação tem o poder de reverter este cenário?

Diz-se que, com a mudança, a ideia do Planalto é investir mais recursos na campanha publicitária de TV pela reforma da previdência e se aproximar da mídia tradicional, a fim de melhorar a relação com a imprensa. É um ponto de partida, mas não é tudo. A comunicação governamental é formada por diversas organizações públicas, e tem como objetivo principal levar à opinião pública notícias da esfera governamental para a sociedade.

Cinco passos

Diante deste cenário, quais os primeiros cinco passos de comunicação que o governo poderia implementar para cumprir com este objetivo?

  1. A primeira ação é contar com a presença de profissionais habilitados para gerenciar as ações comunicacionais. Se Wajngarten e sua equipe possuírem estas credenciais, teremos uma evolução na comunicação dos atos do governo.
  2. Transmitir as mensagens de forma transparente e clara, utilizando a linguagem certa e os meios de comunicação adequados para informar a população.
  3. Evitar múltiplos porta-vozes. Quanto mais pessoas falando do mesmo assunto, maior o ruído de comunicação, principalmente em temas delicados. Já presenciamos diversas autoridades desmentirem umas às outras, o que traz insegurança para a população
  4. Utilizar as mídias sociais com planejamento. As mídias sociais atingem rapidamente um grande número de usuários, portanto elas precisam ser utilizadas com bastante cuidado.
  5. Tratar a imprensa com respeito e igualdade. Uma autoridade não deve considerar a informação como moeda de troca, afinal de contas, ela não é para o jornalista, e sim para o leitor/audiência. Privilegiar um veículo de comunicação em detrimento de outros é no mínimo antidemocrático.

A comunicação governamental é uma necessidade social, e não se trata de uma infraestrutura de propagação do poder. Os segmentos sociais tomam conhecimento do que se passa, nos diversos setores do governo e, ao mesmo tempo, transmitem aos governantes suas expectativas, estabelecendo um relacionamento entre gestão pública e sociedade. A comunicação do governo já começou a trabalhar neste sentido, promovendo encontros entre a imprensa e o presidente. Se este elo for fortalecido, toda a sociedade ganha.

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Estela Silva

Apaixonada pela comunicação e pelo trabalho em equipe, sempre busquei a experiência mais completa possível. No jornalismo, trabalhei em jornais, revistas e sites de conteúdo. No mundo corporativo, me dediquei às atividades de relações públicas e comunicação empresarial. Em agências, trabalhei com planejamento e execução de ações de relacionamento com os diversos stakeholders.
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Estela Silva

Apaixonada pela comunicação e pelo trabalho em equipe, sempre busquei a experiência mais completa possível. No jornalismo, trabalhei em jornais, revistas e sites de conteúdo. No mundo corporativo, me dediquei às atividades de relações públicas e comunicação empresarial. Em agências, trabalhei com planejamento e execução de ações de relacionamento com os diversos stakeholders.

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