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De volta ao escritório: Should I stay or should I go?

A famosa frase da música da banda The Clash de 1982 volta às cabeças dos trabalhadores no dilema da volta ao escritório. Devo ficar ou devo ir? Se eu for, terei problemas. E se eu ficar, terei o dobro.

Ao contrário do que as empresas possam pensar, trabalhadores não pulam de alegria com a perspectiva de um retorno pleno ao escritório, de acordo com um estudo da McKinsey. Mais de 75% dos executivos de alto escalão entrevistados disseram recentemente que esperavam que os funcionários voltassem ao escritório três ou mais vezes por semana.

O grande experimento do trabalho em casa foi surpreendentemente eficaz. Mas os líderes também acreditam que prejudicou a cultura organizacional e a sensação de pertencimento. Eles esperam um novo normal que seja um pouco mais flexível, mas não drasticamente diferente do que deixamos para trás.

No entanto,  quase 75% dos 5 mil entrevistados que a McKinsey consultou globalmente, gostariam de trabalhar em casa dois ou mais dias por semana e mais da metade deseja pelo menos três dias de trabalho remoto. Mas a mensagem deles é contraditória: muitos funcionários relataram que trabalhar em casa foi estressante.

Os funcionários podem não saber exatamente o que desejam, mas esse processo de reavaliar o retorno ao trabalho também pode revelar um nível mais baixo de engajamento, maior indisposição para trabalhar mais horas e, em última análise, desgaste.

Como resolver este dilema? Em vez de determinar um retorno imediato ao escritório, as empresas deveriam se concentrar em ouvir mais profundamente e atender sua força de trabalho onde estão hoje. Será importante para os líderes reconhecerem que eles não têm todas as respostas – conforme suas empresas fazem a transição para modelos de trabalho híbrido, eles ainda estarão tentando descobrir qual é o modelo de trabalho de longo prazo, e na verdade uma das respostas é o padrão que funciona para a maioria dos funcionários.

Também será importante para os líderes pensarem na concepção do futuro. Na nova cultura, qual trabalho é melhor realizado pessoalmente do que virtualmente e vice-versa? Como as reuniões funcionarão melhor? Como a influência e a experiência podem ser equilibradas entre aqueles que trabalham no local e aqueles que não trabalham? Como você pode evitar um sistema de duas camadas em que as pessoas que trabalham no escritório são mais valorizadas e recompensadas do que as que trabalham mais em casa? As equipes devem se reunir fisicamente em um único lugar enquanto lidam com um projeto e, em caso afirmativo, com que frequência? A comunicação da liderança com os funcionários externos pode ser tão eficaz quanto para os funcionários do escritório?

Políticas, práticas, normas de trabalho, tecnologias de colaboração e muito mais precisarão mudar e evoluir à medida que testamos e aprendemos. Três ações podem ajudar os líderes a lidar com este momento: deixar claro para suas equipes que criar o próximo modelo operacional levará anos e é um esforço separado do retorno ao escritório em curto prazo. É importante entender  o que a força de trabalho diz explicitamente e também o que  estão tentando transmitir implicitamente. Vamos testar e aprender com os resultados dos experimentos?

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Estela Silva

Apaixonada pela comunicação e pelo trabalho em equipe, sempre busquei a experiência mais completa possível. No jornalismo, trabalhei em jornais, revistas e sites de conteúdo. No mundo corporativo, me dediquei às atividades de relações públicas e comunicação empresarial. Em agências, trabalhei com planejamento e execução de ações de relacionamento com os diversos stakeholders.
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Estela Silva

Apaixonada pela comunicação e pelo trabalho em equipe, sempre busquei a experiência mais completa possível. No jornalismo, trabalhei em jornais, revistas e sites de conteúdo. No mundo corporativo, me dediquei às atividades de relações públicas e comunicação empresarial. Em agências, trabalhei com planejamento e execução de ações de relacionamento com os diversos stakeholders.

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