A edição 1132 de 03/2017 da revista Exame traz na capa uma matéria sobre os influenciadores digitais, com o título “Polêmicos, populares e influentes – O que explica a ascensão de ídolos digitais que atraem a atenção das marcas”. Há muito tempo a forma de divulgar marcas e se comunicar com diversos públicos mudou! Hoje, as marcas estão se apegando cada vez mais aos influenciadores para tentar combater o preconceito que existe com a peças publicitárias tradicionais e construir a reputação por meio de endosso.
O influenciador digital é um produtor de conteúdo das redes sociais procurado por marcas e empresas que buscam se promover porque influenciam preferência de marca, decisões de compra e lealdade da população em geral. Eles não estão apenas nos blogs ou YouTube, mas também em perfis do Instagram, Snapchat, ocupando as principais redes sociais ao mesmo tempo. Geralmente, usam uma linguagem intimista e os youtubers chegam a gravar no próprio quarto, passando a imagem de pessoas acessíveis e próximas ao público.
Os perfis são bem diversificados, com especialistas que cobrem os mais variados temas, como: música, gastronomia, beleza, games, mecânica, etc. E para o público, mais importa hoje ter um especialista no assunto, do que a própria marca ou uma celebridade falando dela mesma. Tanto que 30% dos pais admitem que estão propensos a gastar mais em um produto de roupas para seus filhos se ele foi endossado por algum influenciador digital, como uma blogueira, vlogger ou instagrammer*.
O Brasil tem grande potencial para surfar essa onda, tendo a segunda maior população de celebridades digitais do mundo. Em abril de 2015, 4 bilhões de vídeos eram reproduzidos diariamente no Facebook. No ano seguinte chegou a 8 bilhões de visualizações por dia. O país tem a terceira maior população mundial em redes sociais, como Facebook e Instagram e a cada minuto mais de 400 horas de vídeos são inseridas no YouTube.
* De acordo com estudo da Rakuten Marketing internacional.
No mercado de Tecnologia da Informação
Assim como todos os outros mercados, o mercado de TI também tem os seus influenciadores. A estratégia de aproximação e relacionamento vai depender de cada influenciador e do canal que utilizam. Porém, é importante que as marcas tenham sempre em mente que:
• A escolha dos influenciadores faz toda a diferença: uma famosa atriz ou um astro do YouTube com milhões de seguidores podem não ser o parceiro certo para uma ação. Os anunciantes devem focar no alinhamento com pessoas cujas audiências são interessadas na mensagem que a marca quer promover.
• Essa é uma nova forma de mídia (paga!): com o tempo, os influenciadores se tornaram menos propensos a serem recompensados com produtos ou viagens. Agora, cada um dos influenciadores é um canal de mídia, e canais de mídia precisam ser remunerados.
• O relacionamento pode aproximar: hoje, os influenciadores digitais são procurados por muitas empresas. Eles precisam escolher o seu conteúdo que será divulgado e o relacionamento construído com o tempo pode ajudar.
• Faça uma busca no passado: examine o passado e o presente do influenciador de perto. Você precisa levantar o máximo de informação possível para não associar a sua marca a uma especialista que já criticou o seu produto ou mercado. Esse desenho de perfil do influenciador também pode ajudar para evitar que no futuro a sua marca tenha complicações por se associar com um influenciador que não seja compatível com os mesmos valores.
Independente do mercado, as marcas já entenderam a oportunidade e estão se aproximando desses influenciadores como uma tática importante para complementar seus planos de marketing. Justamente por serem influenciadores de milhares (ou até milhões) de pessoas, esses profissionais conseguem adicionar ainda mais valor a uma marca — usando sua reputação digital para isso.
*Texto produzido pela profissional Marcela Thyse