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LGPD NÃO É SÓ PAPO DE TI

Faltando pouco menos de um ano para a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrar em vigor no Brasil, vivemos um momento em que uma regulamentação voltada para a tecnologia mostra um caminho altamente desafiador para todas as indústrias nos próximos anos.

Até agosto de 2020, todas as organizações em território brasileiro deverão se adequar à LGPD.  Baseada na lei europeia General Data Protection Regulation (GDPR), ela foi criada para proteger os dados pessoais captados e manipulados pelas empresas. Sob risco de multas que podem chegar a R$50 milhões, muitas empresas já começaram a correr contra o tempo para adaptar-se à nova regra, investindo em soluções de segurança, novas tecnologias e capacitação das equipes de TI.

Estratégias de Comunicação

Diante deste panorama de inovação, é fundamental que as empresas, além de se preocuparem com a regulamentação, voltem a atenção também para as estratégias de comunicação como um todo – desde a interna até a externa, para evitar a gestão de crise.

Obviamente nenhuma empresa quer problemas com sua reputação, mas elas existem e esse cenário de exigências digitais e fiscalização é totalmente propício – visto que as empresas, no geral, não são maduras o suficiente para se adequar dentro do prazo definido. No entanto, essa maturidade precisa ser acelerada para não entrar no grupo de empresas com problemas de segurança.

Um exemplo recente é o vazamento de dados de 50 milhões de usuários do Facebook, utilizados pela americana Cambridge Analytica. Um dos grandes players do mercado de internet e que, infelizmente, enfrentou uma crise que gerou histeria global e durante muito tempo ainda será uma questão levantada tanto pela área de TI quanto de comunicação.

Os dados são os bens mais valiosos de uma organização – para os bancos valem até mais do que o próprio dinheiro. Portanto, não importa a robustez ou a presença de mercado da empresa, a comunicação precisa estar alinhada e preparada para a nova era com a LGPD.

Cuidados precisos

Essa transformação abre um leque de possibilidades e cuidados necessários. Em suma, isto vai desde comunicados internos como processos educacionais relativos ao uso de aplicativos e da internet pelos funcionários, passando por planejamento de comunicados às autoridades em casos de vazamentos de dados, até a implementação ou ampliação de uma área de Business Intelligence (BI). Além disso, as boas práticas em redes sociais merecem muita atenção – tanto para uso corporativo quanto pessoal. A mídia revela frequentemente não só vazamentos de dados, mas também casos de mal uso de redes e aplicativos pessoais que se transformam em crises corporativas – todo cuidado é pouco.

Vale lembrar que a LGPD também impacta o marketing. Existem artigos específicos nessa lei que visam regular a captação e uso de dados pessoais para ações como e-mail marketing e landing pages.

Definitivamente todas as áreas dentro de uma organização estarão sujeitas a mudanças para manter o compliance. E esse é um passo que as áreas de comunicação e da tecnologia da informação podem dar juntas para avançar rumo à evolução na forma como as empresas fazem negócios.

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Juliana Ornellas

Sempre soube que a Comunicação era uma paixão, desde quando comecei em Rádio e TV e depois fui para o Jornalismo. Quando tive minha primeira experiência como assessora, encontrei o meu lugar.Há 10 anos faço assessoria de imprensa para empresas de tecnologia, com foco em cibersegurança, infraestrutura e telecomunicações.
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Juliana Ornellas

Sempre soube que a Comunicação era uma paixão, desde quando comecei em Rádio e TV e depois fui para o Jornalismo. Quando tive minha primeira experiência como assessora, encontrei o meu lugar.Há 10 anos faço assessoria de imprensa para empresas de tecnologia, com foco em cibersegurança, infraestrutura e telecomunicações.

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