Presente no dia a dia de empresas de todos os segmentos, as senhas foram por décadas um elemento central na segurança da informação. Porém, como tudo na tecnologia evolui, a autenticação por meio de passwords também evoluiu e não é exagero dizer que as senhas como a gente conhecia já não existem mais.
Hoje há dezenas de formas de proteger dados e identidades e é importante ter em mente para onde o mercado está caminhando nesse sentido – seja você um fabricante, integrador ou um usuário simples de senhas. Nesse post o blog da Capital Informação, comento os riscos associados ao seu uso e as principais alternativas e complementos disponíveis atualmente.
Histórico das senhas
As senhas possuem uma longa história e estão evoluindo ao longo do tempo, conforme a tecnologia avança e as ameaças cibernéticas se tornam mais sofisticadas. As primeiras formas de autenticação estão na antiguidade, quando senhas eram usadas para ingressar em locais ou ter acesso a informações sigilosas.
As senhas estão presentes desde a Roma antiga, quando soldados usavam palavras-chave para se identificar como aliados. Na era digital, as senhas começaram a se popularizar nos anos de 1960 e 1970 com a criação dos primeiros sistemas de computadores multiusuários. Nessa época, as senhas geralmente eram curtas e simples, muitas vezes compostas apenas por números ou letras.
Atualmente, o uso de letra maiúscula, minúscula, números e caracteres especiais misturados são o mínimo recomendado e mesmo os especialistas em cibersegurança têm discutido o fim das senhas como conhecemos, de forma total. Com o aumento da preocupação com a segurança cibernética, as empresas começaram a impor requisitos mais rigorosos para as senhas.
Principais riscos associados ao uso de senhas
As senhas significam um risco considerável quando falamos em segurança cibernética. Muitos usuários ainda possuem maus hábitos quanto ao uso das senhas. Por exemplo:
- Muitas pessoas ainda optam por senhas fracas e previsíveis, como “1234” ou “password”. Essas senhas são facilmente adivinhadas por hackers ou por meio de ataque de força bruta.
- Outro hábito comum é reutilizar senhas. Muitos usuários colocam a mesma senha em diversas contas e isso significa que, se uma conta for comprometida, todas as demais contas que utilizam aquela senha estão vulneráveis.
- Empresas e serviços online podem sofrer vazamentos de dados, onde as informações de login do usuário, incluindo senhas, são expostas. Esses vazamentos são frequentes e podem resultar no comprometimento de várias contas do usuário.
- Os ataques de phishing são projetados para enganar os usuários e fazê-los revelar suas senhas. Os hackers enviam e-mails ou mensagens falsas que se parecem com comunicações legítimas de empresas ou instituições confiáveis, levando os usuários a fornecer suas credenciais sem perceber.
- Às vezes, as senhas são armazenadas de maneira inadequada ou não criptografada por parte dos serviços online. Isso também pode resultar em vazamento de senhas e exposição de dados dos usuários.
Para mitigar esses riscos, é fundamental adotar boas práticas básicas de segurança, como utilizar senhas fortes e únicas para cada conta, habilitar a autenticação de dois fatores sempre que possível, manter os dispositivos e softwares atualizados e estar atento a tentativas de ataques cibernéticos.
Alternativas e complemento para as senhas
Embora a extinção das senhas ainda esteja em discussão, existem diversas alternativas e complementos sendo explorados e desenvolvidos pelas mais diversas áreas. E é claro, é preciso estudar e analisar qual o melhor caminho para a segurança dos dados da sua empresa, pois cada segmento é diferente, podendo ter requisitos de governança específicos. Abaixo compartilho algumas dessas abordagens com vocês:
- Autenticação de dois fatores (2FA): na verdade, o uso da autenticação de dois fatores é mais um complemento ao adicionar uma camada extra de segurança, solicitando uma segunda autenticação ao colocar a senha. Isso geralmente pode ser um código enviado por mensagem de texto, ligação ou email. O objetivo é tornar mais difícil ao invasor o acesso a seus dados, mesmo que ele tenha sua senha. Seu uso já tem se tornado padrão no mercado e, se você ainda não o adotou, corra!
- Autenticação biométrica: essa sim pode ser considerada uma alternativa ao uso das senhas. A autenticação biométrica utiliza fatores físicos únicos como a impressão digital, reconhecimento facial, reconhecimento de voz, ou até mesmo padrões de retina e palma da mão no lugar de uma senha numérica, para autenticar usuários. Essa abordagem é muito usada em bancos, por exemplo. São métodos mais seguros e difíceis de duplicar, embora possuam falhas como quaisquer outros meios de segurança.
- Uso de Tokens e chaves de segurança: Tokens e chaves de segurança são dispositivos físicos ou aplicativos móveis que geram códigos exclusivos para autenticar usuários. Esses códigos mudam constantemente e são usados juntos com as senhas ou como um substituto para elas.
É importante notar que embora esses meios estejam sendo explorados, possuem desafios a serem enfrentados antes que a senhas sejam totalmente superadas. Questões como privacidade, segurança dos dados biométricos, adoção em larga escala e interoperabilidade são considerações importantes nesse processo de transição.
Implicações na comunicação das empresas
Como toda e qualquer tecnologia ou processo que envolva informações, as senhas acabam sim tendo implicações na comunicação corporativa. Ter um vazamento de dados por roubo de logins e passwords ainda é algo comum em empresas de diversas áreas, impactando sua imagem e reputação perante o mercado (às vezes de forma irreversível).
Já do lado de fabricantes e integradoras, o lançamento de soluções e novas tecnologias de autenticação é cada vez mais comum, então é preciso ser assertivo – e criativo – para se destacar da concorrência. Em qualquer um dos casos, é importante ter um parceiro de comunicação que conheça o segmento da segurança e possa lhe auxiliá-lo.
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