Por várias décadas olhamos a tecnologia como um caminho, como uma escolha benéfica, mas opcional para apoiar os negócios. Neste ano descobrimos que a tecnologia vai muito além de um apoio ou suporte. Ressignificamos a tecnologia! Hoje ela é sinônimo de continuidade das operações e de sobrevivência dos negócios. Por muito tempo a tecnologia foi perturbadora e costumava provocar mudanças desconfortáveis nas mais diversas Indústrias.
Com a Covid-19, não questionamos mais se devemos ou não investir em tecnologia, mas descobrir qual será a tecnologia que trará maior competitividade e retorno a cada negócio. Quando olhamos para o setor de tecnologia, olhamos para tudo, desde os serviços até aplicativos, infraestrutura, etc. Acredito que essas coisas trabalharam individualmente e coletivamente.
A forte tendência agora é pensarmos em flexibilidade, agilidade e hiperescala. Tudo isso para que conseguimos mudar o rumo dos negócios do dia para noite e para que estejamos preparados para qualquer evento não programado, acidente ou catástrofe. As questões agora são: Como chegamos lá? Em vez de uma década, como administramos uma mudança de estratégia do negócio ou promovemos transição de lugar ou transição de planejamento ou metas em dias ou semanas?
Uma das coisas que sempre me inspirou no setor de tecnologia é o que é ágil – é realmente rápido. Acho que esta não é apenas uma oportunidade para a tecnologia se recuperar mais rápido do que outras indústrias, mas trata-se de uma oportunidade de expansão a fim de impulsionar eficiências para setores que precisam correr contra o tempo para implementar inovações e promover mudanças rumo à sobrevivência neste novo cenário.
Certamente a ética e o pensamento sobre como a tecnologia faz o bem não só ao ambiente empresarial, mas também aos serviços públicos e à toda a sociedade – como é o caso da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que visa proteger e preservar as informações dos cidadãos. Então o que é maravilhoso é que nos dá a chance de pensar nisso coletivamente com as indústrias e consumidores – de forma conjunta.
Além de benefícios legais, podemos pensar em exemplos práticos como é o caso do 5G. Vale olhar para onde a conectividade por meio da tecnologia 5G poderia ser implementada e o que ela pode permitir nos próximos 10 anos? Para mostrar o que é possível, vejo que a conectividade pode revolucionar áreas como: mobilidade, saúde, manufatura e varejo. Se implementarmos somente nessas quatro áreas, de acordo com a consultoria Mckinsey, o PIB global cresceria de US$ 1,2 trilhão para US$ 2 trilhões até 2030, ou seja, seriam injetados bilhões de dólares em toda a economia global.
Ainda, sob ponto de vista de equidade e a sociedade, uma conectividade mais eficaz e ágil iria permitir que mais pessoas tenham acesso à informação, comunicação e serviços – e todo esse movimento poderia adicionar outros US$ 1,5 trilhão a US$ 2 trilhões ao PIB global. A tecnologia pode promover melhorias no potencial humano e na prosperidade em muitas nações em desenvolvimento.
Ou seja, a tecnologia hoje rege nossas horas de trabalho, entretenimento e de lazer. E isso não precisa ser ruim ou danoso. É importante olhar para ela com olhos de admiração – e até gratidão – àqueles que a desenvolvem.