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Como as marcas estão se preparando para o metaverso?

Você assistiu ao filme Space Jam: um novo legado? Nesse filme, milhares de pessoas são teletransportadas do mundo real para o mundo virtual para assistir a um jogo épico de basquete entre pessoas reais e personagens de inteligência artificial. A narração do jogo e a plateia é formada por pessoas reais de diversas partes do mundo que interagem em tempo real em um mesmo espaço virtual. Parece algo distante da nossa realidade, mas é para este cenário que o metaverso pretende nos levar.

Embora ainda em construção, o metaverso passou a ser a grande discussão do momento no mercado de tecnologia, marketing e varejo. O hype em torno do termo avançou quando o grupo do facebook decidiu reposicionar sua marca para Meta, mostrando que mesmo em desenvolvimento, o metaverso é o caminho para o futuro da internet.

O que é o metaverso?

Segundo o facebook, o metaverso será um híbrido das experiências sociais online de hoje, expandidas em três dimensões ou projetadas no mundo físico, que permitirá que você compartilhe experiências imersivas com outras pessoas, mesmo quando não puderem estar juntos – e faça coisas que você não poderia fazer no mundo físico.

Para que esse conceito se torne real é necessário uma evolução tecnológica e melhorias nas infraestruturas de rede que permitam uma latência – tempo entre o envio do pacote de dados e a resposta do servidor – quase nula e uma capacidade enorme de transmissão de dados. Além de avanços em diversos campos como simulação digital, digital twins, processamento de hardware, blockchain, etc.

Esse gap tecnológico é pontuado pelo cientista e professor de engenharia de software, Silvio Meira, no seu artigo Definindo o Metaverso, que conceitua o metaverso como algo figital, uma fusão do universo físico, digital e social. Segundo ele, o termo metaverso tem sido usado como uma cortina de fumaça pelas empresas para despistar os reguladores digitais, de mercado e o mercado em geral.

Ações de marketing digital no metaverso

Apesar de ainda não termos chegado a este patamar, algumas empresas têm criado plataformas que se intitulam como metaverso, onde é possível criar avatares, socializar com outras pessoas e comprar NFTs – tokens criptográficos que apresentam algo único – podendo ser terrenos virtuais, roupas, pinturas e outros itens digitais.

Entre os espaços virtuais mais conhecidos atualmente estão o Descentraland e o The Sandbox, famosos pela venda milionária de terrenos virtuais e parcerias com grandes marcas para vendas de ítens exclusivos em NFT. O terreno virtual mais caro até então foi vendido pelo equivalente a U$ 2,4 milhões na Descentraland e é conhecido como Fashion Street, idealizado para reunir marcas famosas de roupas e realizar desfiles de modas.

Neste ano, foi promovida a primeira Metaverse Fashion Week no Descentraland, reunindo 60 marcas, entre elas Dolce & Gabanna, Tommy Hilfiger, Forever 21 e Jacob & CO. Além dos NFTs, algumas marcas possibilitaram a compra das roupas também no modelo real, com a possibilidade de receber a peça em casa.

O mercado da moda foi atraído pelo universo virtual pelas cifras bilionárias movimentadas dentro de jogos virtuais por meio da compra de roupas para os avatares. Essa tendência tem impulsionado a estratégia omnichannel de grandes marcas na venda de artigos de moda a partir do metaverso como conhecemos hoje.

Do in-game advertising ao metaverso

Enquanto o metaverso ideal não surge, as tendências do marketing digital de grandes marcas são observadas sobretudo nos jogos. Os in-game advertising ou propagandas dentro dos jogos existem há bastante tempo, com banners virtuais, anúncios dinâmicos e nativos, e têm se tornado cada vez mais comuns.

Indo um pouco mais além, a Nike criou o que chamou de metaverso da Nike dentro do jogo Roblox. Um universo que conecta fãs da marca e pretende oferecer futuramente os ativos digitais da marca em NFTs.

Oportunidades de negócios no metaverso

A expectativa é que a expansão do metaverso e seu desenvolvimento possibilite oportunidades de negócios para os mais diversos setores, principalmente com a integração dos simuladores e digital twins, que possibilita a simulação de um produto virtualmente com muito mais precisão do que é possível fazer hoje, melhorando a experiência de compra virtual.

Os ganhos em setores como educação e saúde serão enormes com a possibilidade de uma interação mais intensa entre os usuários. Já no mercado em geral, a interação com os consumidores deve ser fortalecida, ampliando a necessidade de ações mais intensas de community management por parte das marcas.

O futuro é cada vez mais digital e as empresas com forte presença virtual hoje, que trabalham seus multicanais para oferecer uma melhor experiência aos consumidores, com certeza estarão bem mais preparadas para abraçar esse mercado no futuro.

Quer fortalecer a presença digital da sua empresa? Entre em contato com a Capital Informação.

Isabelle Carvalho

Isabelle Carvalho

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Estácio de Sá, Isabelle Carvalho atua há mais de 10 anos com comunicação corporativa no mercado de Tecnologia da Informação.
Isabelle Carvalho

Isabelle Carvalho

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Estácio de Sá, Isabelle Carvalho atua há mais de 10 anos com comunicação corporativa no mercado de Tecnologia da Informação.

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