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Jogos infinitos – você sabe lidar com eles?

Uma partida de futebol é simples: sabemos quem são os jogadores, quais são as regras, que movimentos cada participante pode realizar e quando isso deve acontecer. Caso alguém desrespeite as regras, aplicam-se as penalidades. No final apenas um dos times ganha a partida e recebe a recompensa na forma de satisfação, projeção e reconhecimento. Um processo com começo, meio e fim, cujo objetivo é vencer.

Já os jogos infinitos têm outro objetivo: permanecer no jogo. O americano Simon Sinek, autor do livro “O jogo infinito”, explica como nos negócios, na política e até na própria vida -, os participantes estão sempre mudando e as regras não são precisas. Não existem vencedores e perdedores. Não há como ter ‘negócios vitoriosos’ ou como ‘vencer na vida’, por exemplo.

Um jogo infinito nunca acaba, mas parece que a maioria dos gestores agem como se eles fossem momentâneos. Especialmente na área de tecnologia, os desafios são constantes. E não terminam. Um pensamento imediatista não se adapta com a inovação e a transformação digital. Fornecer produtos e serviços da mesma forma, com os mesmos processos, mesmos esforços não leva executivos e empresas a patamares mais elevados.

Por outro lado, líderes que entendem que estão num jogo infinito comandam empresas fortes, inovadoras e inspiradoras. Seus funcionários confiam uns nos outros e em seus superiores. Eles têm a resiliência necessária para prosperar em um mundo em constante mutação, enquanto seus concorrentes se mantêm no jogo com começo, meio e fim. Em algum momento eles não conseguem mais permanecer na partida, mas o jogo continua.

Incertezas e desafios

A única certeza que temos é que as mudanças virão, cedo ou tarde. Por exemplo, uma empresa vai muito bem, os resultados estão em crescimento constante, os funcionários apresentam um alto nível de satisfação. Só que ela atrai a atenção de investidores e outras empresas maiores, e os sócios resolvem vendê-la ou fundi-la, resultando numa fusão ou aquisição. O que acontece com os empregos, com o segmento que ela atua e a rede de fornecedores? Acabam? Não, apenas muitos jogadores ficam sem recursos para permanecer atuando e outros conseguem permanecer.

O desafio permanente é quais as peças que devem ser movidas para que o jogo não elimine os negócios. Existem altos e baixos e isto é inevitável, e o importante é ter consciência que a adaptação precisa ser constante. O mercado financeiro pressiona as empresas por resultados vantajosos de curto prazo e esta prática dificulta as estratégias de sobrevivência no longo prazo.

A dificuldade principal desta visão é que existem situações que necessitam de ações imediatas que não necessariamente cumprem as metas financeiras de curto prazo, mas que são importantes no futuro, como se o jogo terminasse com o balanço anual. Se uma empresa não aprender como conseguir se adaptar rapidamente, ela pode comprometer a sua sobrevivência.

Box:

Como jogar um jogo infinito:

 1. Você tem que ter uma causa justa

2. Você tem que ter uma liderança corajosa

3. Você tem que ter equipes de confiança

4. Você tem que ter um rival digno

5. Você tem que ter um planejamento flexível

Estela Silva

Estela Silva

Apaixonada pela comunicação e pelo trabalho em equipe, sempre busquei a experiência mais completa possível. No jornalismo, trabalhei em jornais, revistas e sites de conteúdo. No mundo corporativo, me dediquei às atividades de relações públicas e comunicação empresarial. Em agências, trabalhei com planejamento e execução de ações de relacionamento com os diversos stakeholders.
Estela Silva

Estela Silva

Apaixonada pela comunicação e pelo trabalho em equipe, sempre busquei a experiência mais completa possível. No jornalismo, trabalhei em jornais, revistas e sites de conteúdo. No mundo corporativo, me dediquei às atividades de relações públicas e comunicação empresarial. Em agências, trabalhei com planejamento e execução de ações de relacionamento com os diversos stakeholders.

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