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Resiliência digital: as previsões para 2021

Para uma economia que anseia recuperação, vemos que a resiliência digital é o pilar para as empresas potencializarem uma retomada pós-crise. Hoje, somos muito mais complexos do que 15 ou 20 anos atrás e nossas redes e conjuntos de dados estão cada vez mais interligados e globais, mas ainda locais.

Na minha visão, no próximo ano ainda enfrentaremos desafios conhecidos. No entanto, acredito que estejamos mais preparados e munidos de soluções que nos auxiliem a mitigar riscos e performar com eficiência em nossos trabalhos. Para tanto, listo alguns pontos de reflexão que deverão ser foco para 2021.

1. Mais defesas para ransonwares e ataques hackers são essenciais para resiliência digital

Este ano, muito em função da pandemia e das fragilidades de segurança digital que, infelizmente, o isolamento social e o home office trouxeram à tona, muitos ataques hackers e, principalmente, de ransonwares se tornaram frequentes. Hospitais (públicos e privados), empresa de diversos setores e órgãos públicos, como TSE e STJ, foram vitimados por ataques de relativa força. A partir disto e em escala global, muitas empresas estão procurando desarmar a ameaça de ransomware na camada de armazenamento de dados, usando armazenamento de objetos, controle de versão, tecnologia Write Once Read Many (WORM) e sistemas de arquivos imutáveis. O Gartner prevê que em 2021 cerca de 80% dos dados corporativos estarão em armazenamento escalável com base nessas tecnologias, ante 30% que se verifica atualmente

2. Aumento das fusões e aquisições e os desafios da migração

Este último ano foi marcado por uma grande atividade de gastos associada às aquisições, principalmente durante a primeira fase da pandemia. Para 2021, possivelmente estas atividades aumentarão e, para quem trabalha com TI, isto significa cada vez mais integrações que normalmente envolvem migrações. Novas empresas geram rotatividade das equipes de TI e isto pode resultar em pessoas pouco experientes, com estresse de prazos e contratos de serviço de transição e de integrações de TI. Migrações são difíceis e o conjuntos de dados crescentes e cada vez mais complexos estão apenas tornando-as ainda mais desafiadoras.

3. Controle de dados, LGPD e a reputação das empresas

Com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, (LGPD), as multas por inconformidades no próximo ano serão mais recorrentes. Além do peso financeiro que é, claro, importante, julgo que o principal impacto será na reputação das empresas. Um dado alarmante é de uma pesquisa do mês de dezembro deste ano que mostra que 30% das companhias não pretendem fazer desembolsos para atender as novas regras, segundo indica um estudo realizado pelo birô de crédito Boa Vista. O consumidor estará cada vez mais atento com a segurança dos dados e não aceitará bem que as marcas estejam lidando mal com suas informações críticas e bancárias. Os danos causados na reputação das companhias serão cada vez maiores e quem não estiver atento não sobreviverá ao escrutínio popular.

A resiliência digital transforma crise em oportunidades, permitindo que as organizações aproveitem as tecnologias para encontrar insights, conectar pessoas e, por fim, desenvolver maneiras novas e criativas de fornecer seus bens e serviços. Se a pandemia global nos ensinou alguma coisa sobre negócios, é que as organizações que digitalizam são as que sobrevivem e prosperam.

Capital Informação

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